Após a tragédia climática que assolou o estado do Rio Grande do Sul ao longo dessa semana, iniciaram-se as tratativas sobre a viabilidade de manutenção da realização das provas, do adiamento somente para os candidatos que fariam a prova no Rio Grande do Sul ou do adiamento das provas para todo o Brasil.
Mais de 2 milhões de brasileiros se inscreveram para as provas do CNU, poucos mais de 80.000 realizariam as provas no Rio Grande do Sul.
Diversos fatores tornam a situação bem complexa de se resolver. A logística para um concurso dessa magnitude, que envolve provas sendo realizada simultaneamente, para diversos cargos do governo federal, em múltiplas cidades de todos os estados da federação, é gigantesca.
Segundo o Ministro Paulo Pimenta, o adiamento das provas acarretaria um custo de 50 milhões de reais. Outro aspecto importante levantado é que, sendo o primeiro concurso do gênero, não há um banco de questões disponível para elaboração de novas provas a serem aplicadas posteriormente somente para o Rio Grande do Sul com o mesmo nível de dificuldade da aplicada para o restante do país, o que macularia a isonomia do certame e abriria espaço para ações judiciais.
O edital, tratado juridicamente como a lei do concurso, não prevê adiamento das provas nos casos de desastres ou de eventos de força maior, como é o caso, mas tão somente a devolução do valor da inscrição. Todavia essa solução teria um custo político imenso para o Governo Federal, transparecendo insensibilidade atribuível até ao Presidente Lula, que esteve pessoalmente no Rio Grande do Sul, na cidade de Santa Maria, e tem envidado esforços para auxiliar o governo local no combate à crise.
Fora isso, a grave situação climática já atingiu o sul do estado de Santa Catarina, colocando em risco a realização das provas também neste ente da federação.
Mais detalhes são aguardados na coletiva de imprensa do governo federal, agendada para 15h de hoje.